É com esse título que o diretor Eduardo Escorel conta a trajetória do militante Genivaldo Vieira da Silva, agricultor familiar da região semi-árida de Alagoas. Membro leigo da Igreja Católica emigrou sem nunca ter se adaptado à condição de peão de obra. Voltou para o Nordeste, aonde criou raízes e constituiu família, convicto que ali é o seu lugar. Foi líder do Movimento Sem Terra (MST), tendo participado de saques e ocupações de terras, e sido candidato derrotado a prefeito da sua cidade natal, pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Criou uma organização dedicada ao fortalecimento da agricultura familiar, à qual continua dedicado, fiel à sua vocação de ativista político, hoje independente, distante de igrejas, movimentos e partidos.
O documentário reúne formas distintas de registro documental. Feitos em três épocas (1996, 20 0 5 e 20 07) em suportes de vídeo diferentes (Beta analógica, MiniDV e HDV), cada um deles tem sua própria linguagem. A gravação do Gente que faz, exibido aos sábados pela Rede Globo antes do Jornal Nacional, tem as características de luz e edição próprias de um vídeo publicitário. O depoimento de 2005, gravado em três dias, no mesmo ambiente, inicialmente apenas com o propósito de servir de fonte para um roteiro de ficção, foi quase todo feito em um plano próximo, fixo, concentrado no rosto de Genivaldo. A gravação de 2007, feita ao longo de três semanas, que constitui 8 0% do documentário, alterna depoimentos e observação com o mínimo de interferência possível nos eventos que ocorrem diante da câmera. “O Tempo e o Lugar” é, portanto, um documentário que articula estilos diferenciados tendo Genivaldo como fio condutor da narrativa. Ele tem uma trajetória original, cronologicamente paralela à do presidente Lula. Começou a militar na Igreja Católica ao mesmo tempo que Lula surgia como líder sindicalista no ABC paulista. À diferença de Lula,
porém, hoje descrê da política partidária, sem abrir mão de suas convicções e compromissos com a causa do pequeno agricultor.
Para quem gosta de cultura acima de tudo de uma biografia recheada de estórias de luta de um brasileiro, esse documentário é garantia de emoção e entendimento de como os líderes de Movimentos Sociais do Brasil agem em determinadas situações. A estréia de “O Tempo e o Lugar” acontece na sexta-feira, dia 16 de maio, no UNIBANCO Arteplex, em Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro.
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O documentário reúne formas distintas de registro documental. Feitos em três épocas (1996, 20 0 5 e 20 07) em suportes de vídeo diferentes (Beta analógica, MiniDV e HDV), cada um deles tem sua própria linguagem. A gravação do Gente que faz, exibido aos sábados pela Rede Globo antes do Jornal Nacional, tem as características de luz e edição próprias de um vídeo publicitário. O depoimento de 2005, gravado em três dias, no mesmo ambiente, inicialmente apenas com o propósito de servir de fonte para um roteiro de ficção, foi quase todo feito em um plano próximo, fixo, concentrado no rosto de Genivaldo. A gravação de 2007, feita ao longo de três semanas, que constitui 8 0% do documentário, alterna depoimentos e observação com o mínimo de interferência possível nos eventos que ocorrem diante da câmera. “O Tempo e o Lugar” é, portanto, um documentário que articula estilos diferenciados tendo Genivaldo como fio condutor da narrativa. Ele tem uma trajetória original, cronologicamente paralela à do presidente Lula. Começou a militar na Igreja Católica ao mesmo tempo que Lula surgia como líder sindicalista no ABC paulista. À diferença de Lula,
porém, hoje descrê da política partidária, sem abrir mão de suas convicções e compromissos com a causa do pequeno agricultor.
Para quem gosta de cultura acima de tudo de uma biografia recheada de estórias de luta de um brasileiro, esse documentário é garantia de emoção e entendimento de como os líderes de Movimentos Sociais do Brasil agem em determinadas situações. A estréia de “O Tempo e o Lugar” acontece na sexta-feira, dia 16 de maio, no UNIBANCO Arteplex, em Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro.
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