sábado, 28 de junho de 2008

Um ano no Rio de Janeiro


Exatamente há um ano trás, no dia 28 de junho de 2007, eu, Fábio Barbosa, saia de casa rumo a “Cidade Maravilhosa”. A inesperada notícia de que a realização de um desejo antigo estava próximo, foi o bastante para me deixar imensamente feliz. Deixei em Santarém família, amigos, companheiros de teatro e muita gente torcendo por mim.
Lembro que o vôo para Belém foi tranqüilo, mas a conexão em Brasília nem se fala. Nisso já era dia 29 de junho, estávamos em plena crise área nacional, atraso era uma palavra constantemente ouvida nos aeroportos e foi o que eu ouvi assim que entrei na sala de embarque. Depois de uma hora, entrei no vôo que me levaria ao Rio de Janeiro. Pousamos no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), fazia 18º e tudo parecia gigante e eu pequeno diante da imensidão da capital. Já a caminho de Botafogo, primeiro lugar que morei no Rio, comecei a conhecer, via janela do carro, um pouco da cidade. Mas o que eu queria ver era impossível naquele dia, o Cristo Redentor estava escondido entre a neblina que cobria as montanhas. Mas vi o Pão de Açúcar!
Na manhã seguinte queria explorar esse novo território, mas não sabia muito bem como chegar em Copacabana. Pequei o primeiro táxi amarelinho que passou e pedi pro motorista – Me deixe em Copacabana! Jurava que a corrida ia dar uns R$ 300, mas só atravessamos um túnel e estávamos na “Princesinha do Mar”. Por incrível que pareça, e foi mesmo, quando coloquei os pés no calçadão, ao fundo se ouvia a música de abertura da novela (Paraíso Tropical), Sábado em Copacabana, de Maria Bethânia.
Cheguei em uma época boa no Rio, estava acontecendo os Jogos Pan-americanos (PAN 2007). Fui ao Maracanã e na Arena do Vôlei de Praia. Todo mundo dizia que todos aqueles policiais (leia-se Força Nacional de Segurança), iam embora depois do evento, mas pelo menos me senti seguro por alguns dias. Depois foram todos embora, para variar, mas mesmo assim a cidade não mudou tanto, só alguns “foguetes” que são ouvidos mais constantemente agora.
Na faculdade, em Ipanema, de frente para a Lagoa Rodrigo de Freitas tudo ocorreu bem desde o início, fiz grandes amigos (Dany, Diego, Suely, Ana, Gean, Gerson, Carol, Fabiana etc), meus professores, do primeiro período, pareciam saídos de filmes de ficção cientifica. Mas eram os melhores, sem dúvida nenhuma! Saímos bastante, descobrimos um lugar próximo a faculdade para comer pizza e praticamente toda sexta-feira, lá estávamos nós engordando mais um pouco. É obvio que isso não poderia continuar, por isso descobrimos algo mais “light”, no início do segundo período, o Mec Donald’s! Virou mania, que logo foi substituída pelos salgados do chinês (japonês?) em Copacabana.
Nesses últimos meses não tenho tido muito tempo, só de trabalhos da faculdade foram mais de três, e o pior deles de Teorias da Comunicação, uma verdadeira corrida contra o tempo e o cansaço. Três capas da Revista VEJA para analisar de maneira denotada e conotada, com acréscimo de textos de teóricos para complicar mais ainda. Mas no final tudo deu certo e fomos gratificados pela nossa querida professora. Nesses dias, até subir o Morro da Urca, eu subi. Foi meia hora de caminhada, mas valeu a pena pela vista inenarrável que se tem de lá de cima...
Em um ano, aprendi a estar longe de casa. Tive de aprender muita coisa, até cozinhar agora eu sei. Mas tudo isso tem um sentido maior, um objetivo que começou a ser traçado lá no ensino médio, no Álvaro Adolfo. Sei que desafios são essenciais para a vitória profissional e nesses 365 dias vivendo no Rio de Janeiro, descobri uma cidade acolhedora, onde se tem de tudo, do nordestino ao paraense, da cidade agitada (centro do Rio), a lugares calmos, como a Quinta da Boa Vista. Fiz amigos que, estão sempre ao meu lado, mesmo naqueles dias de tensão na faculdade, amigos que nos dão força em momentos difíceis e que nos tratam como verdadeiros irmãos. Não poderia deixar de comemorar essa data, afinal é por essa história que eu vivo a cada dia, seguro de que o destino me abençoou com a dádiva de pode estar aqui no Rio de Janeiro e realizando meu sonho de fazer jornalismo.

Por Fábio Barbosa
blogdofabio@hotmail.com
Fotos: Fábio Barbosa – copyright 2008

3 Comentários:

Anônimo disse...

Fábio, em primeiro lugar, devo dizer que você é um herói, como eu sempre digo a você e a Dani: saiu de sua casa, família, amigos e tudo o mais, em busca de um sonho, numa cidade totalmente estranha, - para não dizer, perigosa, - tendo que aprender a viver só, melhor, a sobreviver só, sem saber se daria certo ou não, tendo que apoiar em si próprio, apesar de ter feito vários amigos aqui, que estão sempre prontos a lhe ajudar.
Mesmo assim, você seria capaz de pedir algo, por acreditar que esteja incomodando, quando na verdade todos só querem o seu bem.
Espero que estes 365 dias nesse "Planeta Rio" tenha servido de incentivo para continuar por mais 3 anos até se formar em Jornalismo.
Sinceramente, desejo que tudo dê certo pra você, e que não se deixe ser atingido por nada que lhe faça desistir de acreditar em si mesmo.
Esses são os meus sinceros votos.

Anônimo disse...

Fábio, em primeiro lugar, devo dizer que você é um herói, como eu sempre digo a você e a Dani: saiu de sua casa, família, amigos e tudo o mais, em busca de um sonho, numa cidade totalmente estranha, - para não dizer, perigosa, - tendo que aprender a viver só, melhor, a sobreviver só, sem saber se daria certo ou não, tendo que apoiar em si próprio, apesar de ter feito vários amigos aqui, que estão sempre prontos a lhe ajudar.
Mesmo assim, você seria incapaz de pedir algo, por acreditar que estivesse incomodando, quando na verdade todos só querem o seu bem.
Espero que estes 365 dias nesse "Planeta Rio" tenha servido de incentivo para continuar por mais 3 anos até se formar em Jornalismo.
Sinceramente, desejo que tudo dê certo pra você, e que não se deixe atingir por nada que lhe faça desistir de acreditar em si mesmo.
Esses são os meus sinceros votos.

Anônimo disse...

Amado amigo Fábio, para mim é uma honra ser sua amiga e poder estar ao seu lado, nunca vou esquecer cada momento que passamos juntos, momentos de risos, mas também de dificuldades e ainda momentos de discórdias, srrsrrs... Porém tudo isso serviu de aprendizado para nos tornarmos melhores do que éramos e futuramente melhores do que somos . Ao seu lado aprendi muito, e nesse mar onde fomos lançados como pedras brutas cheias de pontas as quais muitas vezes machucam as quais foram se tocando batendo uma na outra rolando juntas, mas tenho certeza que ao serem retiradas desse mar estarão totalmente polidas, e isso é lindo as suas diferenças as minhas diferenças nos une e nos faz amigos. Se eu pudesse voltar atrás e escolher, escolheria novamente vim ao Rio de Janeiro estudar, ainda que fosse por pouco tempo só para ter o privilégio de conhecer você. Que bom que faz parte da minha vida de minha história, você é uma benção. E creio que ainda verei essa ousadia toda srsrrsr... Sendo canalizada para um projeto não de tribo, mas de reino por que os planos de Deus para a sua vida são muito grandes, lembra do “globinho”, pois é ,não retarde os sonhos de Deus. Em Jesus eu amo vc.