domingo, 1 de junho de 2008

Perfil: Tiago Esselin

Na Coluna “Perfil” de hoje vamos conversar com Tiago Esselin, estudante do Colégio Estadual Álvaro Adolfo da Silveira, presidente do Grêmio Estudantil e Coordenador Geral da União dos Grêmios Livres de Santarém (UGEL). Sua atuação junto à classe estudantil santarena tem sido de grande destaque e valor, foi um dos fundadores da UGEL em 09 de outubro do ano passado, onde cerca de 220 alunos de várias escolas da cidade estiveram presentes para construir essa nova entidade estudantil. Sua liderança nata tem conduzido toda uma gama de estudantes aptos pela valorização da educação e da construção de grêmios em escolas do município. Em dezembro de 2007 esteve presente no 37º Congresso da União dos Estudantes Secundaristas (UBES), em Goiânia (GO), onde representou sua região junto à comitiva do Estado do Pará.

Fábio: 1° O que é exatamente a UGEL? Quais seus objetivos?

Tiago: “A UGEL é a mais nova entidade formada em Santarém, e vem para defender o Movimento Estudantil, que há muito tempo clama por dias melhores, pois já faz algum tempo que a classe estudantil do município clama por uma atenção maior por parte de suas representações. Porém o abandono e o descaso com a nossa classe, tem nos motivado a lutar e defender uma entidade forte e que nos represente, assim surgiu das cinzas do Movimento Estudantil. A UGEL vem não para ser mais uma, mas sim para fazer a diferença, para que no dia de amanhã possamos dizer que agora sim termos uma Entidade representativa dos estudantes.
O principal objetivo da UGEL é formar grêmios em cada uma das escolas da rede municipal, estadual e particulares, um grêmio estudantil para ser a representação dos estudantes dentro das escolas e com esse objetivo já alcança outro que é fortalecer o movimento estudantil. E já começamos essa batalha formando o grêmio estudantil de quatro escolas da rede estadual de ensino, e elas são: Terezinha de Jesus Rodrigues, Plácido de Castro, Felisbelo Jaguar Sussuarana e Aloísio Martins, e um grêmio na rede particular no colégio Dom Amando. E isso é somente o começo de uma longa jornada.”

Fábio: Os estudantes vão fazer alguma coisa para evitar a permanência dessa greve?

Tiago: “Os estudantes não vão fazer nada para evitar a permanência da greve, afinal eles estão lutando por melhorias salariais, reformas nas escolas e entre outras reivindicações, assim nós estudantes somos solidários com as suas reivindicações.”

Fábio: Ao seu ver o que significa essa greve dos educadores do Pará?

Tiago: “A greve significa a indignação dos professores com suas reais condições de trabalho e percas salariais que chegam a 75%, assim a greve é muito mais que um movimento, é um modo de cobrar e pressionar o governo a se sensibilizar com as reais situações da educação pública no estado. A greve está tendo papel também de cobrança para que o governo melhore os estados das estruturas das escolas que algumas já deveriam estar fechadas e seguem funcionando arriscando a vida dos alunos e dos próprios professores, laboratórios de informática e multidisciplinares que estão fechados por falta de pessoas capacitadas para o local, dessa forma a greve esta fazendo o seu real papel cobrar e pressionar o governo que tenta colocar a culpa na administração passada.”

Fábio: Como você avalia o movimento estudantil santareno?

Tiago: “O movimento estudantil santareno hoje pode ser avaliado como um movimento estudantil atuante, participando nas diversas áreas como o cota de vales, o aumento passagem, que é um aumento ilegal e sobre a cota de vale já que estipulado uma cota de 100 vales para cada estudante mensalmente e também estamos atuando hoje no caso da meia entrada em Shows, festas e estádios que não estão sendo respeitados pelos empresários. E todo esse processo está sendo assessorado pelo ministério público que tem dado parecer favorável em nossas reivindicações.”

Fábio: As entidades de estudantes em Santarém tem feito alguma coisa pela classe?

Tiago: “Termos hoje em Santarém três entidades estudantis: a UMES ( União Municipal dos Estudantes Secundaristas) AES ( Associação dos Estudantes de Santarém) e a UGEL ( União de Grêmios Estudantis Livres), na qual eu sou um dos coordenadores gerais, mas as que se dizem realmente nossas representantes que são a UMES e AES, a única coisa que elas fazem é tirar carteirinha e um festival de fanfarras no qual temos que pagar para entrar. Dessa forma fica a pergunta: para onde vai tanto dinheiro? afinal nada é feito para beneficiar a classe estudantil, assim fica a pergunta: o dinheiro que é angariado com a venda de carteirinhas e do festival de fanfarras é destinado para quê?
A UGEL até hoje ainda não teve oportunidade de tirar carteirinha, nem fazer festival de fanfarras, porém estamos trabalhando para o desenvolvimento e desempenho do movimento estudantil santareno.
Se todas as entidades fizerem sua parte nós podemos no presente construir o futuro que todos nós desejamos para o verdadeiro sentido do movimento estudantil.”

Fábio: Considerações finais...

Tiago: “Agradeço principalmente a Deus que me deu sabedoria de responder as suas perguntas e pela oportunidade que meu amigo Fábio está me dando de ser o primeiro a estréiar a sua nova coluna em seu blog. Espero ter outras oportunidades e nunca se esqueçam: "se o futuro é de luta, o futuro nós pertence" Um grande abraço a todos, e faça sempre a diferença."


Por Fábio Barbosa
Fotos: Arquivo Pessoal

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