Perfil: Paula Lavigne

A coluna “Perfil” conversa hoje com uma das figuras mais conhecidas do cinema nacional. Ela é carioca, foi atriz, mas atualmente se dedica a produção de filmes nacionais. Paula Lavigne, foi casada com Caetano Veloso e tem uma história fantástica junto a televisão e cinema brasileiro. Fez a trilha sonora de “Tieta do Agreste” (1996), produziu “Orfeu”(1999), “Lisbela e o Prisioneiro” (2003), “Benjamim” (2003), “Meu Tio Matou um Cara” (2004), “2 Filhos de Francisco”(2005) e “O Coronel e o Lobisomem” (2005).

Fábio: Como você avalia o cinema nacional?

Paula: "Eu acho que a gente está indo, estamos melhorando. Já conseguimos ter orgulho do cinema nacional hoje em dia. A gente já vê filmes bem feitos, bem dirigidos, eu acho que agente tem um problema no cinema nacional de roteiro, é onde a gente mais peca se você me perguntar um diagnóstico..."

Fábio: O cinema nacional tem a cara do Brasil?

Paula: "O cinema brasileiro ainda está formando uma indústria, acho que esse novo cinema brasileiro tem. É a cara do Brasil, tem de tudo!"

Fábio: Quais são os melhores filmes que você teve oportunidade de produzir em sua carreira?

Paula: "Ah por incrível que pareça, assim, Lisbela, Dois Filhos de Francisco, que foi eu que desenvolvi o projeto, mas não sei, cada filme é um filme. Eu particularmente adorei fazer “Meu Tia Matou um Cara”, foi realmente prazeroso."

Fábio: Como produtora quais os critérios que você usa para montar sua equipe?

Paula: "Pessoas competentes. Começamos a procurar com pessoas que a gente conhece, ver quem é competente, quem não é. É bom você fazer um bom trabalho, por que o boca-a-boca é o melhor currículo que tem."

Fábio: Vale a pena fazer cinema no Brasil?

Paula: "Ah (risos) pergunta difícil, deve valer, não sei. Acho que o cinema, essa coisa toda vai acabar. Mas o audiovisual vale a pena, não o cinema especificamente, mas o audiovisual vele."

Por Fábio Barbosa

Foto: Agência FB