segunda-feira, 28 de abril de 2008

Um vôo para o céu

Parece que as últimas manchetes de jornais do Brasil não tem tido mais nada para noticiar a não ser tragédias pessoais. Seja o Caso Isabela, ou a dengue, tudo gira em torno de um único pensamento: levar aos leitores e telespectadores informação com qualidade e em todos os ângulos da notícia. Recentemente todos paramos para ver as incansáveis buscas pelo padre Adelir de Carli que, desapareceu no domingo (20 de abril). Ele desapareceu durante um vôo com balões de gás coloridos em Paranaguá, interior do Paraná. O objetivo dele era chegar ao oeste do estado, porém o vento forte o conduziu para o litoral de Santa Catarina.
Esse caso triste deixa um alerta: até onde a igreja (sacerdotes e religiosos), pode participar de situações como esta, como se fosse um simples aventureiro? Padre Adelir sabia dos perigos que corria ao praticar essa aventura, segundo a Agência Nacional de Avião Civil (ANAC), ele não tinha permissão para realizar o vôo e muito menos condições físicas e teóricas.
É complicado falar sobre isso, mas é necessário, durante o inicio dessa década a Igreja Católica e as Evangélicas tem participado cada vez mais da vida de suas respectivas comunidades, mas isso não quer dizer que tudo vale nessa relação. Os religiosos precisam entender que existem maneiras menos perigosas de garantir credibilidade e respeito de seus fiéis, na Amazônia, por exemplo, bispos e padres estão ameaçados de morte por defenderem cegamente a manutenção de certos padrões de subdesenvolvimento. Lá é uma situação de responsabilidade da justiça que, infelizmente não é divina. Cuidar do rebanho é uma das tarefas dessas pessoas que dedicam sua vida a levar a palavra de Deus aos mais longínquos lugares, mas é preciso que os superiores deles, em especial na Igreja Católica, cobrem uma postura mais digna e séria, afinal se cada padre resolver subir aos céus por conta própria um verdadeiro congestionamento tomará conta do espaço aéreo mundial.

Lugar de padre é na igreja!

Por Fábio Barbosa
blogdofabio@hotmail.com
Imagem: http://www.alu.ua.es/a/amsm10/original/globos.jpg

2 Comentários:

Anônimo disse...

Cada vez mais, estamos voltando ao que era: a religião se intrometendo na vida política de seu povo (coisa difícil de ser tirada). Há muito tempo que saímos de um governo religioso para um político. Quanto ao padre, provavelmente ele terá uma missa de 7º dia (se tiver morrido), até porque não pode ser considerado um suicídio, mas sim um ato de idioticídio.

Anônimo disse...

Não podemos ser radicais ou manter ofixo o olhar sobre este acontecimento, pois se consutarmos a comunidade local nova visão sobre a figura do Padre e sua representatividade pode mudar.