terça-feira, 15 de abril de 2008

O conselho de Lula: “matar o mosquito antes que ele nos mate”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (15/04) que o trabalho mais importante do governo no combate a dengue “é matar o mosquito antes que eles nos mate”. Ele ainda admitiu que a epidemia pode causar mais danos em 2009, quando deve ser bem mais ampla do que a vivida este ano.
“O combate à dengue se dá no município. A dengue pode se tornar mais grave do que foi neste ano. “Um trabalho importante é quando surge o mosquito e detectamos a doença, aí você precisa de médico e hospital. Mas o trabalho mais importante é matar o mosquito antes que ele nos mate”, afirmou.
Lula disse que número de pacinete contaminados com a doença deve diminuir nos próximos meses por causa da chegada do frio nas regiões sul e sudeste, porém não justificou o mau atendimentos nos hospitais da rede ferderal no Rio de Janeiro, nem comentou os inúmeros casos de óbito na cidade. Parece que lula quer combater a dengue com palavras, o problema é que isso Sergio Cabral e Cesar Maia, já fazem! Matar o mosquisto como? Com as mãos? Se nem os agente que são responsáveis pelo combate usam repelente, imagine a população...
Se essa maneira de ver a epidemia pelos políticos brasileiros não mudar o que será de nós que moramos em áreas de risco? Vamos ter de pagar o hospital com cartão coorporativo?






Por Fábio Barbosa
blogdofabio@hotmail.com
Foto: http://www.picarelli.com.br/novopc2/lula_reza.jpg

1 Comentários:

Unknown disse...

Eleições diretas para as reitorias
(publicado no http://guilhermescalzilli.blogspot.com)

Salta aos olhos a diferença de tratamento conferida pela imprensa às manifestações promovidas em universidades públicas federais e estaduais.

Nas ocupações das reitorias da USP e da Unicamp (estaduais), realizadas no ano passado, os estudantes foram retratados como vândalos imundos e cínicos. Proliferavam imagens de escritórios bagunçados, barbudos seminus fumando cigarros suspeitos, fazendo churrasco, bebendo. Mesmo a ação truculenta da polícia foi ignorada, assim como as perseguições contra os organizadores dos protestos, violando acordos explícitos que antecederam as desocupações.

Agora, quando os protestos visam a UnB e a Unifesp (federais), os alunos se transformaram na infantaria do bom-mocismo. Aparecem bem trajados, sentados em círculos, a debater com seriedade sua lista de ponderadas exigências. Não há menção a qualquer dano provocado pelas ocupações. Vemos apenas seus rostos serenos, votando em assembléias ordeiras, exibindo cartazes. Mesmo sua teimosia em perpetuar os protestos, após terem suas exigências atendidas, soa como coerência revolucionária.

Claro, de um lado estava José Serra e, de outro, encontra-se Lula. A infra-estrutura podre, a insensibilidade das direções, o peleguismo dos quadros funcionais, as mordomias inexplicáveis e, principalmente, a falta de participação dos estudantes nas decisões administrativas são características comuns a qualquer universidade pública do país, quiçá do planeta. Mas a autópsia das entranhas carcomidas das federais é muito mais interessante do que fazer o mesmo com apadrinhados do PSDB paulista.

Já em 1991, quando ingressei na Unicamp, distribuí pelas salas de aula um manifesto sobre a necessidade de haver eleições diretas e paritárias para reitor. Acusava o DCE de estar preocupado apenas com hedonismo e exigências vazias. E apontava que os males da universidade começariam a ser sanados a partir do momento em que o corpo discente pudesse influir nas decisões tomadas pelos burocratas. Ninguém deu a menor, bola, evidentemente, muito por causa da pura e simples impossibilidade prática de se instituir aquelas mudanças.

O problema persiste. O PSDB chega ao quarto mandato seguido em São Paulo sem permitir procedimentos eleitorais sérios durante a sucessão dos reitores. Quem manda é o governador, que controla a polícia e o orçamento, empossa secretários, diretores e reitores, e estende seu domínio através dos milhares de cupinchas de gabinete, especializados em ouvir reivindicações, balançar as cabeças, tecer comentários assertivos e esquecer tudo.

A grande imprensa paulista escancara com gosto o cartão corporativo dos reitores federais (cujos gastos são públicos por natureza), mas morre de medo de investigar esses gigantes administrativos que são a USP, a Unicamp e a Unesp, onde proliferam sistemas de apadrinhamento na distribuição de benefícios, bolsas, viagens, cessões de espaço comercial, vantagens em concursos e editais.

As organizações estudantis dessas universidades paulistas demonstrariam habilidade estratégica se aproveitassem o momento e lançassem protestos semelhantes, coordenando as reivindicações com seus colegas das federais. Seria uma mobilização conjunta, a nível nacional, pela instituição do voto direto e paritário para as reitorias. A plataforma é imbatível, se discutida seriamente. A jogada impediria que os alunos das federais fossem usados como inocentes úteis pela mídia partidarizada. E esta, pega de surpresa, seria constrangida a promover o debate.

Pois é. Onde estão os DCEs, quando mais se precisa deles?