A vaidade é algo que indica diretamente o sexo feminino. Mas às vezes há excessos em cultivar a beleza. Não vou aqui escrever nada sobre vaidade, só comecei assim por que é daí que deve partir a situação que vivi há alguns dias trás do metrô no Rio de Janeiro.
Estava eu saindo de casa em direção a estação Cantagalo, em Copacabana. Passei na roleta e logo uma garota apressadinha passou bem na hora que eu ia passar. Até aí tudo bem, afinal ela deveria estar atrasada. Fui andando e cheguei ao vagão. Sentei e logo percebi que a mesma garota estava no acento da frente. Uma voz suave e encantadora anunciou – Próxima estação Siqueira Campos - mas aquela viagem só estava começando.
A garota que estava na minha frente começou então um ritual um tanto estranho. Tirou a liga do cabelo, se olhou na janela do vagão e começou a tirar coisas da bolsa. Parecia que nunca mais ia parar de tirar objetos de lá. Até que ela tirou um pente e começou e se pentear. Arruma para cá e para lá o cabelo, alisava, passava a mão, até que em uma atitude incontrolável as mãos dela se posicionaram junto a uma sacola de supermercado e puxaram um creme pra pentear. O problema em si não estava no creme e sim na marca, era Kolene... Ela colocou "meio quilo" do produto nas mãos e começou a passar nos cabelos. Parecia manteiga derretida sobre um saco de pipoca. Terminado a seção de embelezamento capilar, o cheiro exalava pelo vagão e as pessoas começavam a dirigir os olhos em sua direção. Mas ela nem percebeu, continuava a se produzir.
Tirou uma chapinha da bolsa. Ligou em um gerador que eu não faço a mínima idéia de onde ela tirou e começou a alisar o cabelo ali mesmo. O equipamento fazia um barulho estranho, algo parecido com aquela maquininha de dentista. Depois de seu cabelo estar parecendo um macarrão miojo em água morna, ela tirou mais uma arma de sua bolsa. Um perfume em um vidro azul. Meu deus! Parecia que ela tinha passado aquilo no nariz de cada um dos passageiros. Pois o cheiro, para não dizer odor, contaminou nossa viagem. Ela colocou brincos, passou batom, e não parava de mexer no cabelo. Até que aconteceu a cena mais horrível que já vi em minha vida: gotas do Kolene começaram a pingar no banco e escorrer rumo ao chão. Aquilo foi uma visão nojenta de ver. Aquele líquido amarelado caindo do cabelo dela me causou tanta comoção que nunca mais vou querer manteiga na pipoca! Em um ato de loucura eu ia falar para ela para parar de se arrumar, mas fui salvo pela voz do metrô – Próxima estação Praça 11. Era a minha estação. Tinha que descer ali. Quando saí e coloquei os pés fora daquele vagão do metrô a sensação foi de alívio. Meu dia começou com uma história inacreditável de vaidade e Kolene exagerado. Não pensem que este texto foi para fazer vocês comprarem esse produto, pois seu eu encontrar de novo essa garota, juro que dou de presente para ela um fixador ou algum produto que deixe o cabelo dela calminho, calminho, calminho...
Por Fábio Barbosa
Estava eu saindo de casa em direção a estação Cantagalo, em Copacabana. Passei na roleta e logo uma garota apressadinha passou bem na hora que eu ia passar. Até aí tudo bem, afinal ela deveria estar atrasada. Fui andando e cheguei ao vagão. Sentei e logo percebi que a mesma garota estava no acento da frente. Uma voz suave e encantadora anunciou – Próxima estação Siqueira Campos - mas aquela viagem só estava começando.
A garota que estava na minha frente começou então um ritual um tanto estranho. Tirou a liga do cabelo, se olhou na janela do vagão e começou a tirar coisas da bolsa. Parecia que nunca mais ia parar de tirar objetos de lá. Até que ela tirou um pente e começou e se pentear. Arruma para cá e para lá o cabelo, alisava, passava a mão, até que em uma atitude incontrolável as mãos dela se posicionaram junto a uma sacola de supermercado e puxaram um creme pra pentear. O problema em si não estava no creme e sim na marca, era Kolene... Ela colocou "meio quilo" do produto nas mãos e começou a passar nos cabelos. Parecia manteiga derretida sobre um saco de pipoca. Terminado a seção de embelezamento capilar, o cheiro exalava pelo vagão e as pessoas começavam a dirigir os olhos em sua direção. Mas ela nem percebeu, continuava a se produzir.
Tirou uma chapinha da bolsa. Ligou em um gerador que eu não faço a mínima idéia de onde ela tirou e começou a alisar o cabelo ali mesmo. O equipamento fazia um barulho estranho, algo parecido com aquela maquininha de dentista. Depois de seu cabelo estar parecendo um macarrão miojo em água morna, ela tirou mais uma arma de sua bolsa. Um perfume em um vidro azul. Meu deus! Parecia que ela tinha passado aquilo no nariz de cada um dos passageiros. Pois o cheiro, para não dizer odor, contaminou nossa viagem. Ela colocou brincos, passou batom, e não parava de mexer no cabelo. Até que aconteceu a cena mais horrível que já vi em minha vida: gotas do Kolene começaram a pingar no banco e escorrer rumo ao chão. Aquilo foi uma visão nojenta de ver. Aquele líquido amarelado caindo do cabelo dela me causou tanta comoção que nunca mais vou querer manteiga na pipoca! Em um ato de loucura eu ia falar para ela para parar de se arrumar, mas fui salvo pela voz do metrô – Próxima estação Praça 11. Era a minha estação. Tinha que descer ali. Quando saí e coloquei os pés fora daquele vagão do metrô a sensação foi de alívio. Meu dia começou com uma história inacreditável de vaidade e Kolene exagerado. Não pensem que este texto foi para fazer vocês comprarem esse produto, pois seu eu encontrar de novo essa garota, juro que dou de presente para ela um fixador ou algum produto que deixe o cabelo dela calminho, calminho, calminho...
Por Fábio Barbosa
2 Comentários:
KKKKKKKKKK!!!!!!Muito bom seu texto.Hilário.
Abraço,Dany.
hahahahahahahahahaha
muito engraçado o seu texto Fábio
não sei se foi real, mas hilario com certeza
Mariana
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