O degelo das geleiras bateu recorde em 2006, de acordo com relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), e é uma das faces do aquecimento global. Em média, o derretimento de gelo em montanhas neste ano significou uma redução de 1,4 m de água – em 2005, a perda de gelo foi de cerca de 0,5 m. O recorde de derretimento anterior havia sido registrado em 1998, quando cerca de 0,7 m de gelo viraram água. De acordo com pesquisadores, desde 1980 aproximadamente 10,5 m de geleiras das montanhas já degelaram. As informações foram coletadas pela Universidade de Zurique e relatam o degelo em 30 montanhas em todo o mundo. De acordo com cientistas da ONU, muitas geleiras podem desaparecer em algumas décadas. Um dos países que mais devem sofrer com o derretimento é a Índia, onde os rios são alimentados por águas do Himalaia. A princípio, o degelo pode levar a enchentes na região e, posteriormente, a períodos de seca – com grande desequilíbrio ambiental e prejuízo a 500 milhões de pessoas. A geleira que desaparece com maior velocidade, segundo o relatório, fica na Noruega e chama-se Breidablikkbre. Lá, a perda de água em estado sólido foi de 3,1 m em um ano. O único glacial que não teve encolhimento foi o de Echaurren Norte, no Chile. Mas isso, segundo a ONU, não retira a América do Sul da lista negra do degelo. De acordo com os cientistas, vem ocorrendo grande degelo na Bolívia, Peru, Colômbia e Equador, com chance de desaparecimento total das geleiras até 2030.
Site G1
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