Intérprete da principal suspeita de ter matado Taís (Alessandra Negrini) em “Paraíso tropical”, Vera Holtz contou ao G1 que procurou ajuda com quem tinha mais experiência na área: Cássia Kiss, a assassina de Odete Roitman (Beatriz Segall) em “Vale tudo” (1988).
Falei com a Cássia, queria saber por que ela tinha matado a Odete Roitman. Não me lembrava mais. Eu fico tentando descobrir [o mistério], peço para o Dennis [Carvalho, diretor da trama] me dar uma pista”, diverte-se a atriz. Vera disse estar surpresa com a grande aprovação de sua personagem, saiu em defesa de Marion e disse que não quer nem pensar em ser a assassina de Taís. “Se for eu, não sei como vou conviver com isso”, afirmou, rindo.
Leia, a seguir, trechos da entrevista que ela deu ao G1.
G1 - Como é ser uma das principais suspeitas?
Vera Holtz - É uma loucura. Tenho 20% de aprovação, ou seja, 20% das pessoas acham que eu sou a bandida, fui aprovada como bandida. Não sei como vou conviver com isso no meu currículo; se eu for a assassina, não sei como conviver com isso [risos].
G1 - É a maior aprovação?
Vera - É a maior. Agora, quem não tem álibi mesmo, que eu sei, é Antenor [Tony Ramos], Marion, Ivan [Bruno Gagliasso]. Mas a verdade é que ninguém tem idéia do que vai acontecer.
G1 - Você gostaria de ser a assassina?
Vera - Não consigo nem pensar nessa hipótese [risos], de tanto que eu fico assustada. Fica todo mundo debochando. Estou na mesma expectativa de quando entrei na novela: não sei o que vem pela frente. Nesta semana, estou com a mesma sensação de quando eu peguei os primeiro capítulos: dúvida e expectativa. Estou com muita curiosidade.
G1 - Você tem medo de que seja você e que isso marque sua carreira?
Vera - Não. Eu já fui alcoólatra, a Santana [em “Mulheres apaixonadas”, de 2003]! Eu me divirto. Falei com a Cássia [Kiss], fui perguntar por que ela tinha matado a Odete Roitman. Fico tentando descobrir, pergunto para o Dennis, peço pistas, fico que nem tonta.
G1 - Como você defenderia a Marion?
Vera - Ela nunca se envolveu com ilegalidade, é uma trambiqueira social, ela não gosta de trambique que envolva polícia. O limite dela é o limite social, ela se preocupa com o que a sociedade vai pensar dela. Ela não pode ser mal julgada, porque vive disso. A não ser que ela tenha algo que a gente não sabe dela. Mas eu acho muito difícil.
G1 - E quem você acha que matou?
Vera - Eu não sei. Tentaram matar a Marion, o Olavo [Wagner Moura] e vão tentar matar o Antenor [Tony Ramos], substituindo a pílulas de pressão alta. O que me disseram é que o motivo da morte vai ser o mais surpreendente, não a pessoa que matou. Tem até uma urna no estúdio, estamos fazendo um concurso, o prêmio é R$ 2 mil para quem acertar.
G1 - Mas em quem você votou?
Vera – Não votei em ninguém ainda.
G1 – Como e quando acontecerão as gravações do final?
Vera - A única coisa que eu sei é que perguntaram se as pessoas decorariam o texto com rapidez. Vão gravar na sexta.
G1 – Você acha que foi mesmo a Taís que morreu?
Vera – Acho. Senão, aí já é uma outra novela.
G1 – Qual é o balanço final desse trabalho?
Vera - Foi surpreendente, adorei fazer. Primeiro pela surpresa da aprovação dessa trambiqueira pelo telespectador. Eu nunca tinha feito nenhuma personagem do mal e, durante esse período [de “Paraíso”], eu percebi que tanto o bem como o mal são vícios. É tão vicioso fazer maldade quanto fazer o bem. Isso foi meio libertador para mim. Eu tive uma formação de amar ao próximo como a si mesmo, e houve uma ruptura nesse sentido. Eu pude fazer um balanço e olhar o mundo com mais verdade.
O fim da novela das oito será nesta sexta-feira e os autores garantem que todos ficarão surpresos com o final da trama quem tem habitado no imaginário do povo brasileiro.
Fotos: Divulgação Rede GLOBO
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