terça-feira, 25 de setembro de 2007

Vera Holtz fala sobre o final de Paraíso Tropical

Intérprete da principal suspeita de ter matado Taís (Alessandra Negrini) em “Paraíso tropical”, Vera Holtz contou ao G1 que procurou ajuda com quem tinha mais experiência na área: Cássia Kiss, a assassina de Odete Roitman (Beatriz Segall) em “Vale tudo” (1988).
Falei com a Cássia, queria saber por que ela tinha matado a Odete Roitman. Não me lembrava mais. Eu fico tentando descobrir [o mistério], peço para o Dennis [Carvalho, diretor da trama] me dar uma pista”, diverte-se a atriz. Vera disse estar surpresa com a grande aprovação de sua personagem, saiu em defesa de Marion e disse que não quer nem pensar em ser a assassina de Taís. “Se for eu, não sei como vou conviver com isso”, afirmou, rindo.

Leia, a seguir, trechos da entrevista que ela deu ao G1.
G1 - Como é ser uma das principais suspeitas?

Vera Holtz - É uma loucura. Tenho 20% de aprovação, ou seja, 20% das pessoas acham que eu sou a bandida, fui aprovada como bandida. Não sei como vou conviver com isso no meu currículo; se eu for a assassina, não sei como conviver com isso [risos].

G1 - É a maior aprovação?

Vera - É a maior. Agora, quem não tem álibi mesmo, que eu sei, é Antenor [Tony Ramos], Marion, Ivan [Bruno Gagliasso]. Mas a verdade é que ninguém tem idéia do que vai acontecer.

G1 - Você gostaria de ser a assassina?

Vera - Não consigo nem pensar nessa hipótese [risos], de tanto que eu fico assustada. Fica todo mundo debochando. Estou na mesma expectativa de quando entrei na novela: não sei o que vem pela frente. Nesta semana, estou com a mesma sensação de quando eu peguei os primeiro capítulos: dúvida e expectativa. Estou com muita curiosidade.

G1 - Você tem medo de que seja você e que isso marque sua carreira?

Vera - Não. Eu já fui alcoólatra, a Santana [em “Mulheres apaixonadas”, de 2003]! Eu me divirto. Falei com a Cássia [Kiss], fui perguntar por que ela tinha matado a Odete Roitman. Fico tentando descobrir, pergunto para o Dennis, peço pistas, fico que nem tonta.

G1 - Como você defenderia a Marion?
Vera - Ela nunca se envolveu com ilegalidade, é uma trambiqueira social, ela não gosta de trambique que envolva polícia. O limite dela é o limite social, ela se preocupa com o que a sociedade vai pensar dela. Ela não pode ser mal julgada, porque vive disso. A não ser que ela tenha algo que a gente não sabe dela. Mas eu acho muito difícil.



G1 - E quem você acha que matou?

Vera - Eu não sei. Tentaram matar a Marion, o Olavo [Wagner Moura] e vão tentar matar o Antenor [Tony Ramos], substituindo a pílulas de pressão alta. O que me disseram é que o motivo da morte vai ser o mais surpreendente, não a pessoa que matou. Tem até uma urna no estúdio, estamos fazendo um concurso, o prêmio é R$ 2 mil para quem acertar.

G1 - Mas em quem você votou?

Vera – Não votei em ninguém ainda.

G1 – Como e quando acontecerão as gravações do final?

Vera - A única coisa que eu sei é que perguntaram se as pessoas decorariam o texto com rapidez. Vão gravar na sexta.

G1 – Você acha que foi mesmo a Taís que morreu?

Vera – Acho. Senão, aí já é uma outra novela.

G1 – Qual é o balanço final desse trabalho?

Vera - Foi surpreendente, adorei fazer. Primeiro pela surpresa da aprovação dessa trambiqueira pelo telespectador. Eu nunca tinha feito nenhuma personagem do mal e, durante esse período [de “Paraíso”], eu percebi que tanto o bem como o mal são vícios. É tão vicioso fazer maldade quanto fazer o bem. Isso foi meio libertador para mim. Eu tive uma formação de amar ao próximo como a si mesmo, e houve uma ruptura nesse sentido. Eu pude fazer um balanço e olhar o mundo com mais verdade.

O fim da novela das oito será nesta sexta-feira e os autores garantem que todos ficarão surpresos com o final da trama quem tem habitado no imaginário do povo brasileiro.
Fotos: Divulgação Rede GLOBO

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