Hoje na edição do Jornal Hoje da Rede GLOBO, a tradicional festa do Sairé que, acontece todos os anos na vila balneária de Alter do Chão, foi noticiada pela reportagem final do jornal diário.
Leia o texto da matéria:
No Pará, a jornada também é de fé
Profano e o religioso se unem numa das mais antigas festas da Amazônia. É o sairé, que acontece às margens do rio Tapajós, na vila de Alter do Chão. O ponto alto do ritual centenário é a disputa entre os botos tucuxi e cor-de-rosa.
Nas águas do rio Tapajós, filas de barcos e canoas. Moradores de Santarém vão até a floresta buscar os mastros que são enfeitados. Primeiro, o lado religioso da festa. Devotos saem em procissões pelas ruas da vila de Alter do Chão, lugar onde as pessoas preservam o meio ambiente e contam as mais antigas lendas da Amazônia como a do boto que vira gente.
"Ele nas noites de lua cheia se transforma num homem maravilhoso vestido todo de branco e passa a conquistar as caboclas da região”, conta Terezinha Amorim, historiadora.
Lenda que ajuda a manter uma tradição de mais de 300 anos. É a festa do sairé. São cinco noites de diversão embaladas no ritmo do carimbó.
Grupos folclóricos de Santarém fazem encenações da lenda e promovem uma disputa entre os botos tucuxi e cor de rosa.
"Está lindo, melhor não poderia estar", diz uma foliã.
A festa mistura o religioso e o profano. Começou com as danças dos índios que procuravam homenagear os colonizadores portugueses. Ainda hoje, o sairé é considerado uma das mais ricas manifestações culturais dos povos da Amazônia.
Profano e o religioso se unem numa das mais antigas festas da Amazônia. É o sairé, que acontece às margens do rio Tapajós, na vila de Alter do Chão. O ponto alto do ritual centenário é a disputa entre os botos tucuxi e cor-de-rosa.
Nas águas do rio Tapajós, filas de barcos e canoas. Moradores de Santarém vão até a floresta buscar os mastros que são enfeitados. Primeiro, o lado religioso da festa. Devotos saem em procissões pelas ruas da vila de Alter do Chão, lugar onde as pessoas preservam o meio ambiente e contam as mais antigas lendas da Amazônia como a do boto que vira gente.
"Ele nas noites de lua cheia se transforma num homem maravilhoso vestido todo de branco e passa a conquistar as caboclas da região”, conta Terezinha Amorim, historiadora.
Lenda que ajuda a manter uma tradição de mais de 300 anos. É a festa do sairé. São cinco noites de diversão embaladas no ritmo do carimbó.
Grupos folclóricos de Santarém fazem encenações da lenda e promovem uma disputa entre os botos tucuxi e cor de rosa.
"Está lindo, melhor não poderia estar", diz uma foliã.
A festa mistura o religioso e o profano. Começou com as danças dos índios que procuravam homenagear os colonizadores portugueses. Ainda hoje, o sairé é considerado uma das mais ricas manifestações culturais dos povos da Amazônia.
Pela segunda vez a festa do Sairé é noticiada pela Rede GLOBO, a primeira vez foi em 2004 com a reportagem "Tradição de 300 anos", da Repórter santarena Suellen Reis.
Veja o Texto:
Tradição de 300 anos
No interior do Pará, mais de 8 mil pessoas participaram, neste fim de semana, da tradicional festa do Sairé.
Às margens do rio Tapajós, o vilarejo de Altér do Chão é o último reduto dessa celebração que surgiu na Amazônia há trezentos anos.
Um lugar privilegiado pela natureza que atrai turistas do mundo inteiro. A tranqüilidade da vila é alterada apenas pelo festival do Sairé, uma tradição que se repete há mais de 300 anos, iniciada pelos antigos habitantes de Altér do Chão, os índios Borari.
Ao som de tambores e outros instrumentos rústicos, homens e mulhres carregam mastros pelas ruas da vila em homenagem ao espírito santo. O arco, carregado pela moradora mais antiga de Altér do Chão, é o símbolo do Sairé. “Esse arco significa a arca de Noé”, explica a dona de casa Maria Justa.
Os mastros são enfeitados com frutas e erguidos em uma competição que representa a virilidade dos homens e a fertilidade das mulheres.
Do religioso ao profano: à noite, a festa continua em um local onde acontece a tradicional disputa entre os botos tucuxi e cor-de-rosa, apresentações que retratam uma das lendas mais conhecidas da Amazônia, a do boto que se transforma em homem para seduzir as caboclas. “É uma lenda fortíssima. Os caboclos da região acreditam piamente que é o boto é o caboclo que emprenhas as meninas que têm filhos sem pais definidos”, diz o apresentador da festa do Sairé, Ieie Oliveira.
No interior do Pará, mais de 8 mil pessoas participaram, neste fim de semana, da tradicional festa do Sairé.
Às margens do rio Tapajós, o vilarejo de Altér do Chão é o último reduto dessa celebração que surgiu na Amazônia há trezentos anos.
Um lugar privilegiado pela natureza que atrai turistas do mundo inteiro. A tranqüilidade da vila é alterada apenas pelo festival do Sairé, uma tradição que se repete há mais de 300 anos, iniciada pelos antigos habitantes de Altér do Chão, os índios Borari.
Ao som de tambores e outros instrumentos rústicos, homens e mulhres carregam mastros pelas ruas da vila em homenagem ao espírito santo. O arco, carregado pela moradora mais antiga de Altér do Chão, é o símbolo do Sairé. “Esse arco significa a arca de Noé”, explica a dona de casa Maria Justa.
Os mastros são enfeitados com frutas e erguidos em uma competição que representa a virilidade dos homens e a fertilidade das mulheres.
Do religioso ao profano: à noite, a festa continua em um local onde acontece a tradicional disputa entre os botos tucuxi e cor-de-rosa, apresentações que retratam uma das lendas mais conhecidas da Amazônia, a do boto que se transforma em homem para seduzir as caboclas. “É uma lenda fortíssima. Os caboclos da região acreditam piamente que é o boto é o caboclo que emprenhas as meninas que têm filhos sem pais definidos”, diz o apresentador da festa do Sairé, Ieie Oliveira.
Parabéns a Rede Globo, através de sua filial em Santarém, TV Tapajós, pela valorização do patrimônio artístico-cultural da região Oeste do Pará.
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