Ele é autor-roterista da
Rede GLOBO de Televisão, atualmente atua como assessor em eventos, feiras e cursos no exterior, além de ministrar aulas nos cursos de cinema, jornalismo e publicidade no Centro Universitário da Cidade (
UniverCidade).
Wladimir Weltman é daquelas figuras que se conhece e nunca se esquece. Formando em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem entre suas principais habilidades o domínio fluente em língua portuguesa, espanhol, inglês, com fluência verbal em Hebraico e Francês.
Em 1975 recebeu uma bolsa de estudos na Machon le Madrichey H'Laaretz, em Israel.
Sua carreira começou em 1977 quando se tornou correspondente internacional para o Jornal do Brasil e, para as revistas Manchete, Amiga e Revista Geográfica na Europa e no Oriente Médio.
Morou 15 anos nos Estados Unidos de onde participou de vários projetos em televisão e cinema, além de também ser correspondente de alguns veículos nacionais. Atualmente divide seu tempo entre a Rede Globo e as aulas que ministra na faculdade, em Ipanema.
Fábio: O que o cinema representa em sua vida?
Wladimir: “Uma forma de arte com a qual me identifico totalmente. Ela reúne todas as outras de forma maravilhosa e divertida. Gosto de ver e fazer cinema!”
Fábio: História é um assunto que lhe interessa? Por que?
Wladimir: “O homem que não conhece a história está condenado a revivê-la... Muitas vezes na pior das circunstâncias”.
Fábio: Você acredita que hoje o Brasil tem condições de competir internacionalmente com suas produções cinematográficas?
Wladimir: “Sempre teve. Glauber estava certo quando disse que cinema é uma idéia na cabeça e uma câmera na mão. Nosso problema não é dinheiro. É falta de boas idéias na cabeça e no papel, e uma mão que não aprende a usar direito a câmera que está segurando...”
Fábio: Você trabalha com a elaboração de roteiros, entre eles o da abertura dos Jogos Olímpicos de 2008, como funciona a elaboração deles?
Wladimir: “10 % de inspiração e 90% de transpiração”.
Fábio: E televisão, o que representa em sua vida?
Wladimir: “Um brinquedo maravilhoso, que me acompanha desde pequeno. É meu ganha pão. Foi um sonho de meu pai e é uma realidade cotidiana para mim. Talvez a invenção mais revolucionária do século XX. Fez mais pela democratização do mundo do que a pólvora. Podemos viver sem inúmeras espécies animais, mas nunca sem a televisão”.
Fábio: É possível enxergar o futuro das produções audiovisuais?
Wladimir: “É possível sim. A vejo como uma receita de bolo: coloque num liquidificar um aparelho de TV, um computador, um celular, a internet, bilhões de telespectadores e todo o acervo de filmes, fotos, programas de TV e rádio, já produzidos, bata por alguns segundos e, pode servir!”
Fábio: Como a história da sua família lhe influenciou na carreira?
Wladimir: “Eu praticamente cresci em estúdios de rádio e TV, em redações de revistas e sets de filmagem. É inexplicável que não tenha me tornado veterinário!”
Fábio: Um conselho para os jovens comunicadores que estão entrando agora no mercado de trabalho...
Wladimir: “Saiam enquanto é tempo”.
Fábio: Considerações finais...
Wladimir: “Quero manter pra sempre minha amizade com o Fábio. Seu sorriso é algo que nos faz desejar estar sempre de bem com ele. Ele é trabalhador e esforçado. Certamente vai ficar rico logo. Melhor do que ser rico, é ser amigo de rico. Deixando a brincadeira de lado: foi um prazer ser seu professor. Boa sorte Fábio”.
Por Fábio Barbosa
Foto: Agência FB