terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Mal Parada

A negociação pela aprovação da CPMF tomou rumos ruins.
De um lado, o governo, a começar pelo presidente, ameaça os senadores que pretendem votar contra a contribuição. Dizer que só sonegador se opõe à CPMF e que sem o imposto os programas sociais serão cortados, isso é uma prévia moderada do que se dirá depois, se a emenda constitucional for derrotada.
Por outro lado, o governo negocia com os senadores de sua base – e aqui é balcão de negócios: votos em troca de nomeações e obras. (Houve uma negociação mais séria, com o PDT, que oferece os votos pela CPMF em troca de mais verbas para a educação. Mas parlamentares do próprio PDT chegaram a colocar em dúvida o cumprimento do acordo).
A oposição, pressionada, ficou no córner, obrigada a votar não – e ponto final.
E não deveria ser assim com um assunto tão delicado.
A CPMF representa muito dinheiro, uns R$ 36 bilhões para este ano e 40 na previsão para 2008. O governo já está, digamos, acostumado com esses recursos – e colocou-os na proposta de orçamento para o ano que vem. A propósito, isso foi irregular, pois, na formulação do orçamento e envio do projeto ao Congresso, a contribuição só tinha aplicação legal até 31 de dezembro próximo.
Mas se é um dinheiro já incorporado à prática do governo, continua sendo um imposto ruim, regressivo, que onera a atividade econômica. E se o governo alega que precisa de dinheiro para gastos sociais, também é verdade que há muitas despesas que nem chegam perto do social.
Em resumo, há necessidade de um amplo debate sobre os gastos do governo e seu financiamento. A votação da CPMF poderia ser um motivo para isso.
Ainda pode vir a ser. Aprovada a CPMF, os senadores e deputados podem muito bem iniciar a conversa sobre a estrutura dos gastos públicos. Se bem que neste caso, o governo não terá o menor interesse.
Derrotada a contribuição, haverá até mais estímulo para esse debate. Para tentar recolocar a CPMF em votação no início do ano que vem, o governo precisará apresentar uma proposta de médio prazo para os opositores.
Ou é esperar demais?
Carlos Alberto Sardenberg
(Em seu blog no site G1)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Musical: Johnny Depp e Tim Burton atacam novamente!

Segundo o site G1 Johnny Depp aceitou o desafio, provavelmente o maior de sua carreira: estrelar o musical totalmente cantado "Sweeney Todd", baseado na obra de Stephen Sondheim sobre um barbeiro assassino. O filme chega aos cinemas americanos dia 21 de dezembro. No Brasil, a estréia é prevista para 8 de fevereiro.
Dirigido por Tim Burton, de quem é colaborador de longa data, Depp aparece com o rosto pálido e os olhos pintados de preto em uma trama sombria de vingança ambientada na Londres do século 19. Na fotografia, predomina o cinza, exceto pelo vermelho vivo do sangue das vítimas.
A companheira do protagonista é a sinistra Mrs. Lovett, interpretada por Helena Bonham Carter, cujos bolos de carne vendem enlouquecedoramente depois que ela se junta a seu vizinho Todd numa parceria estratégica para usar os corpos das pessoas que ele mata.
"Eu nunca tinha cantado em toda a minha vida, então tive de aprender", disse Depp durante o lançamento do filme em Londres. "Para ser honesto, eu não sabia se ia conseguir acertar as notas."
Para descobrir, Depp retomou contato com a banda em que tocava nos anos 1980 e gravou "My friends", uma das canções do musical. Quando o produtor Richard Zanuck escutou a gravação, viu que o ator ia se sair bem no filme.
O astro de 44 anos disse que gostaria de trazer algo de novo à lenda "Sweeney Todd". "Pensei que era uma grande oportunidade para tentar encontrar um novo Sweeney, diferente, mais contemporâneo, mais punk rock", afirmou.
Benção de Sondheim
O roteirista John Logan teve a missão de condensar o musical de teatro "Sweeney Todd: the demon barber of Fleet Street", que dura três horas, em um longa-metragem de duas horas. O autor da obra original teve direito a escolher o diretor e os atores principais. Algumas canções foram encurtadas, outras foram cortadas. Mas Burton manteve o foco dividido entre a atuação e a música.
Além de Depp e Bonham Carter, o elenco conta com Alan Rickman, que encarna o malvado juiz Turpin.
Sacha Baron Cohen, de "Borat", também integra o longa, no papel de Pirelli, o rival do barbeiro assassino.

Gangues Rivais levam violência a praia no Rio

A praia do Recreio, na Zona Oeste do Rio, foi palco de agressões no último fim de semana. Imagens do domingo (2) mostram gangues rivais se enfrentando tanto na areia como no calçadão.
A primeira briga começou quando alguns homens se juntaram e espancaram um rapaz que, caído no chão, precisou da ajuda de salva-vidas para conseguir se livrar das agressões. Momentos depois, na areia, a briga continuou com um outro rapaz sendo alvo de socos, chutes e pontapés. Ajudado por amigos, ele conseguiu se levantar e se afastar dos agressores. A polícia e a guarda municipal só apareceram depois da confusão. Em nota oficial à imprensa, a Guarda Municipal diz que "sobre o fato em questão, a Guarda atuava com dois homens no entorno da Praça do Pontal dentro desta missão. Diante de casos de desordem pública, como o tumulto na areia, os guardas devem ter papel de apoio, alertando a autoridade competente (neste caso, a PM). De qualquer modo, a GM-Rio irá apurar a conduta dos guardas na ação. Caso seja comprovada alguma falta, serão tomadas as medidas cabíveis", diz a nota.


Fonte site G1