A ilha de Parintins está localizada a 420 Km da capital do Amazonas, Manaus. Ao chegar na cidade logo se vê a predominância de duas cores: o vermelho e o azul.
A primeira representa a Cor do Boi Garantido e a segunda do Boi Caprichoso. No final do mês de junho a pequena cidade torna-se gigante e detentora da segunda maior festa popular do Brasil.
A cores dos bois são opostas naturalmente, mas é em Parintins que elas ganham tons de rivalidade cordial. Apesar da disputa entre os bois, o máximo que se ouve dos componentes adversários é o título de “contrário”. Durante a realização do Festival Folclórico de Parintins a cidade chega a receber cerca de 100 mil turistas, vindos da região, do Brasil e do mundo. O Bumbódromo, com capacidade para 35 mil pessoas, é o palco do espetáculo que acontece em três noites. Nestes dias os dois bois se apresentam por ordem de sorteio em uma festa que mistura religiosidade e folclore, animais da floresta e do imaginário popular, uma verdadeira miscigenação que resulta em uma magnífica visão da cultura amazônica.
A festa do boi, como é conhecida na região, acontece em junho, mas os preparativos começam ser desenvolvidos logo após o termino do festival. A escolha das músicas do enredo, o tema do festival, de alegorias, fantasias e coreografias são todos planejados cuidadosamente para garantir a magnitude nas apresentações.
Os artistas parintinenses tem talento para dar e vender confeccionam alegorias que se movem e que dão vida às lendas amazônicas. São homens e mulheres humildes, descendentes das tribos indígenas locais que, carregam em suas veias o gosto pela terra e costumes. Cantam toadas inesquecíveis e fazem o Brasil perceber o quanto a cultura pode ser trabalhada com criatividade e talento.
Parintins resume em seu festival, essa mistura tipicamente brasileira, que faz de nossa cultura única e intocável. Os bois Garantido e Caprichoso representam distintas visões, mas ao mesmo tempo uma única corrente de pensamento em prol do folclore amazônico. Ver esse verdadeiro espetáculo é algo que todos nós, deveríamos fazer pelo menos uma vez. Estar tão próximo da floresta e ao mesmo tempo conhecendo ela através da cultura é algo inesquecível e inenarrável que o brasileiro precisa conhecer. Afinal, Amazônia é nossa!
História da VilaA cidade de Parintins foi fundada o século XVIII, no então estado do Grão-Pará. Seus primeiros habitantes foram os índios Maués, Sapupés e Parintins (que deram origem ao nome da cidade).
Foi no ano de 1796 que a mando do governo português, José Pedro Cordovil aportou à região, denominando-a Tupinambara. Já em 1803, é criada no local uma missão religiosa, denominada Vila Nova da Rainha.
Em 1848 o local foi elevado à condição de Vila (já então integrada ao Estado do Amazonas), chamando-se então Vila Nova da Imperatriz. E finalmente, sendo em 1880 elevada ao status de cidade, e rebatizada Parintins, como até hoje é conhecida . Parintins começou sua festa no formato atual em 1964, época aonde já se destacava a rivalidade entre a torcida de Garantido e Caprichoso.
Divulgado inicialmente apenas para o público local, paulatinamente o Festival ficou conhecido em outras cidades, estados, até ganhar transmissão em TV aberta, como vem acontecendo nos últimos anos. Em 2008 a emissora responsável pela transmissão foi a Rede Bandeirantes que, assinou um contrato de exclusividade.
CuriosidadesA festa do Boi-bumbá é de origem nordestina. Na época do ciclo da borracha na Amazônia foi trazida pelos milhares de trabalhadores que vieram dessa região para o norte.
Os jurados são pessoas de todo o Brasil, devem ser conhecedores da cultura brasileira e não podem ter ligação com nenhum dos bois. Para evitar influência no resultado as canetas usadas para dar as notas são em cor verde e os nomes deles são aprovados, em comum acordo, pela diretoria do Garantido e Caprichoso.
Por Fábio Barbosablogdofabio@hotmail.comCom Informações do Site http://www.parintins.com.br/ 
Coluna “Perfil” conversou com Shirley Souza, ganhadora do Prêmio ESSO de Telejornalismo 2007. Ela trabalhou por cinco anos na TV Alterosa, afiliada do SBT. Durante esse período dói repórter, apresentadora e editora. Há um ano e meio está na Rede Minas, afiliada TV Cultura –SP E TVE- RJ. Nessa emissora faz reportagens diárias, matérias especiais e documentários. É professora da Escola “Beth Seixas-Comunicação e Cursos” onde dá aulas para cursos de Repórter de TV e Apresentação de Telejornal.
Mais uma vez os funcionários dos Correios entram em greve. Nesta terça-feira (01/07), a Federação Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), anunciou a paralisação que já atinge 21 estados e o Distrito Federal.
